Estados “mínimos” e “máximos” – Merval Pereira

08/10/2009 às 0:02 | Publicado em Política | 1 Comentário
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A discussão sobre o papel do Estado no desenvolvimento do país — ressuscitada pelo governo Lula como maneira de rebater as críticas ao gasto público crescente e à tendência estatizante do governo, exacerbada neste segundo mandato — é na verdade uma tentativa de impor uma linha ao debate político, e levar a oposição ao córner na campanha eleitoral.
O governo se coloca como “nacionalista” e “patriota”, e os que são contra a maneira como está enfrentando a crise seriam genericamente “entreguistas” defensores do “estado mínimo” e contra os pobres.
Com supostas medidas anticíclicas, o governo fortaleceu o mercado interno e possibilitou que os pobres ajudassem o país a sair da crise econômica internacional mais rapidamente, na definição do próprio presidente Lula.
Para a ministra Dilma Rousseff, candidata oficial à sucessão presidencial, a tese do “estado mínimo” é própria de “tupiniquins”e está “falida”.
Os que acusam o governo de estar colocando em risco o equilíbrio fiscal com seus gastos crescentes, segundo o secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa, estariam pura e simplesmente fazendo “terrorismo”, com o objetivo de forçar uma subida de juros.
O fato concreto é que o mercado financeiro já está aumentando os juros futuros por conta do desarranjo fiscal que está sendo montado pelo governo, e o próprio Banco Central já fez advertências sobre os riscos do desequilíbrio das contas públicas.
Continua: Estados “mínimos” e “máximos” – Merval Pereira

Fonte: Jornal O Globo de 04/10/2009

1 Comentário »

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  1. Senhores (as)! Companheiros (as)!
    Esta questão de Estado Máximo e Mínimo é uma velha e surrada discussão entre o Estadismo Comunista e O LIberalismo Capitalista, sem querer entrar na essência filosófica, ideológica, econômica e política da questão, pois os “sagrados e templários” defensores de ambos, discutem este modelo a duzentos anos, sobre os diversos pontos de vista, seja de Marx ao nosso Bob Fields.
    No meu entendimento, (de um cidadão comum) deveremos perseverar pela busca do Estado Eficaz. E só chegaremos a ele, quando provermos em sua plenitude ás condições do equiíbrio entre as relações do capital e o trabalho; plenitude de Justiça e Cidadania. Resgatando-se (estamos muito longe disso) a Justiça Social sob todos os pontos de vista, com o envolvimento direto da população organizada (legalmente), participativa e com responsabilidade de gerenciar recursos (eu disse com responsabilidade). Sem ser preciso criarmos + 37 Ministérios, ou + Secretarias disto e daquilo. Inchando-se com isso a Máquina Governamental e com este pretexto ficar parindo (parindo não! parir é sagrado) criando impostos franquistênicos. Afim de manter o equilíbrio das contas públicas. Sabendo-se ainda que a cada R$1,00 gerado, ao percorrer a imensa massa burocrática – Essa Via Crucis do despedício – Ao final disponibiliza-se na melhor da hipótese R$0,50.
    Viva!!! o Estado Eficaz. Este Caminho é longo.
    “… a eficácia pode ser aprendida, é um hábito, é um complexo de normas práticas e pode ser aprendida por qualquer pessoa normalmente dotada, embora seja sempre difícil de ser bem executada.”
    Peter F. Drucker
    Comos cumprimentos de
    Paulo Salles
    PPS – Ananindeua


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